Covid na actualidade

Covid na actualidade

Num tempo em que voltamos a ouvir falar de covid, vale a pena revisitar o tema. Antes de mais, não esquecendo que ? quanto a situações dramáticas ? o perigo da escalada armamentista e de uma consequente guerra alargada está aí, e a vacinação contra esse perigo é a defesa dos cessar-fogo e negociações para parar a(s) guerra(s).

Mas quanto ao covid, que continua a provocar casos de doença, alguns com internamentos, e mesmo óbitos, se a vacinação reduziu muito a gravidade da situação epidemiológica, devemos manter a atenção. Não indo atrás de visões catastrofistas, que alguns gostam de promover, devemos perceber que esta é uma doença que existe na comunidade e que, como outras doenças virais, é geralmente auto-limitada. Como na velha conhecida gripe, a febre, a tosse, as dores musculares, dor de garganta, a congestão nasal, devemos controlar a febre com antipiréticos (paracetamol ou ibuprofeno), reforçar a ingestão de líquidos para nos mantermos hidratados, e ter cuidado para evitar a transmissão da doença aos que nos são próximos.

O repouso em casa é importante, mas se a evolução não está a ser favorável ? ou porque não conseguimos controlar a febre, ou porque os sintomas se agravam, devemos recorrer aos serviços de saúde para um melhor esclarecimento e controle. São frequentes as histórias de quem teve covid na pandemia e foi ficando em casa ?porque era covid, e tinha que se esperar que passasse?, tomando apenas remédios para a febre?

Se os sintomas se agravam, por exemplo, com uma tosse mais intensa e/ou com expectoração mais carregada, com falta de ar, com farfalheira, com dor torácica, temos que contactar os serviços de saúde e ser observados. Uma das complicações mais frequentes nestes casos é a sobreinfecção bacteriana e pneumonia: a avaliação médica decidirá se tal é o caso e o tratamento antibiótico é preciso para resolver o quadro e evitar sequelas futuras no aparelho respiratório. Também, se algum cansaço é espectável na fase inicial, se a falta de ar se instala e acentua, o médico avaliará a gravidade, que poderá justificar o suporte de oxigénio e o internamento.

Não viver com medo das doenças, actuar perante as situações que surgem, fazer exercício físico regular (pelo menos umas caminhadas) para mantermos o corpo activo e capaz.

José Miguel Carvalho 

Artigo publicado em "A voz dos reformados" julho/agosto 2024
por Dr. José Miguel Carvalho


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