A asma induzida pelo exercício define-se como o aumento da resistência das vias aéreas resultante da obstrução brônquica que ocorre após esforço físico. E o esforço pode ser a prática desportiva, mas também pode ser uma actividade do dia-a-dia, no trabalho, na escola, nas deslocações, quando se ri. Os sintomas, que podem surgir em até 80% dos asmáticos, incluem tosse, pieira, falta de ar, opressão torácica ou cansaço que surgem durante e principalmente até 10 minutos após parar o exercício; estes sintomas são habitualmente de curta duração mas podem ser muito aflitivos. É habitual uma recuperação espontânea num intervalo de até 1 hora.
Entre as actividades desportivas, são consideradas como mais asmogénicas a corrida de fundo, o ciclismo, o futebol, o basquetebol e o rugby, e as modalidades praticadas em ambiente frio e seco como vários desportos de Inverno, particularmente o esqui alpino e a patinagem no gelo. Muito melhor tolerada é, por exemplo, a prática da natação ou do ténis.
A asma de esforço representa uma importante limitação na qualidade de vida do doente asmático. Para a criança representa provavelmente o maior impacto negativo da sua doença crónica, nomeadamente em termos psicológicos e sociais, condicionando limitações na actividade escolar e recreativa, nomeadamente no relacionamento com os seus pares.
O objectivo primordial do tratamento é prevenir a resposta ao exercício de modo a que não constitua restrição à escolha de uma actividade física ou limitação ao nível de desempenho. Para tal, importa conseguir o melhor controlo possível da asma. E isso é possível. De facto algumas medidas simples, onde se inclui o uso de alguns medicamentos, podem resolver e ultrapassar o problema.