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Doenças Respiratórias Profissionais

Por António Sousa Uva, Ema Sacadura Leite e João Taborda


  • O que são doenças respiratórias profissionais?

    Diversas substâncias a que podemos estar expostos no exercício do nosso trabalho poderão causar doenças respiratórias, em função das suas características e também dos nossos mecanismos de defesa do aparelho respiratório. Os factores relacionados com a exposição também são muito importantes, como é o caso da sua concentração no ar e o tempo em que se está exposto.

    Um importante número de doenças respiratórias profissionais são conhecidas desde há séculos, como é exemplo o risco para o aparelho respiratório associado ao trabalho desenvolvido na indústria têxtil. A silicose, doença pulmonar provocada pela exposição a sílica livre, tradicionalmente em minas, é provavelmente a doença respiratória profissional mais conhecida.

    Os efeitos das substâncias inaladas dependem, fundamentalmente, da sua toxicidade intrínseca, da sua capacidade de penetração no aparelho respiratório e ainda da sua retenção nesse aparelho.

    As doenças respiratórias profissionais são portanto doenças do aparelho respiratório causadas pelo trabalho, em que o trabalhador, por se encontrar exposto profissionalmente a determinadas substâncias, vem a adoecer com uma doença do aparelho respiratório devido ao seu trabalho.

  • Como pode o trabalho causar doença no aparelho respiratório?

    O ambiente de trabalho pode influenciar negativamente a saúde do aparelho respiratório de diversas maneiras. Ainda que pouco frequente, a exposição acidental a substâncias químicas irritantes pode constituir um risco de grande gravidade já que pode causar uma disfunção muito grave das vias respiratórias e dos pulmões. Esta disfunção pode mesmo causar a morte. Também nas doenças profissionais respiratórias que ocorrem por exposição continuada a diversas substâncias, de que são exemplos a silicose e a bissinose (exposição a fibras têxteis) já acima referidas, o trabalho é determinante para a causa da doença.

    O trabalho pode ainda ser mais uma causa entre diversas, relacionadas ou não com o trabalho, como é o exemplo da chamada "bronquite industrial" ou pode agravar doenças do aparelho respiratório que o trabalhador já é portador. Por exemplo, um trabalhador portador de uma asma alérgica, se trabalhar em ambientes com substâncias que causem irritação dos brônquios poderá ter mais crises (e mais intensas) do que teria se o seu ambiente de trabalho fosse isento dessa exposição. Há pois muitas formas do trabalho poder causar (ou agravar) doenças do aparelho respiratório.

  • Quais são as doenças respiratórias mais frequentes?

    Desde os anos 30 (1936) que a Lista das Doenças Profissionais integra as doenças respiratórias profissionais provocadas por poeiras, por gases e vapores industriais. A actual versão da Lista tem cinco capítulos organizados em quadros, sendo ainda cinco desses quadros, doenças do aparelho respiratório.

    No espaço da União Europeia estima-se, anualmente, que cerca de 10 000 trabalhadores sofram de doenças profissionais respiratórias. Em Portugal, os portadores de doenças do aparelho respiratório são hoje o segundo grupo dos pensionistas por doença profissional, logo atrás das doenças provocadas por agentes físicos, como são os exemplos das lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho ou a surdez profissional resultante da exposição a ruído industrial.

    Por oposição ao que ocorria entre os anos de 1960 a 1980, a silicose (doença provocada pela exposição a sílica, por exemplo em minas) ou a asbestose (causada pela exposição a amianto ou asbestos) já não são as doenças respiratórias mais frequentes. A asma profissional e outras doenças em que o sistema de defesa do organismo está também implicado são hoje uma preocupação crescente e não exclusivamente em trabalhadores com propensão para as alergias.

    A característica mais perigosa das doenças profissionais do sistema respiratório é todavia a circunstância de algumas dessas doenças respiratórias demorarem décadas a manifestarem-se, como é o caso do cancro do pulmão que pode vir a manifestar-se mesmo após a exposição profissional ter terminado (por exemplo durante a reforma). Essa característica dificulta muito a relação que deveria ser feita entre o cancro e anteriores exposições profissionais.

    As doenças respiratórias profissionais não se restringem no entanto, como se referiu acima, apenas às doenças profissionais. No espaço europeu cerca de 600.000 trabalhadores afirmam ter problemas respiratórios relacionados com o trabalho. Bastaria a esse propósito referir a bronquite (dita industrial) que pode ocorrer em ambiente de trabalho poluídos. O trabalho pode ainda contribuir muito para o agravamento de doenças respiratórias que o trabalhador seja portador. Por exemplo alguém com asma provocada pela exposição a ácaros do pó de casa pode, em determinados ambientes profissionais, ter mais crises (e mais intensas) do que teria se essa exposição não ocorresse.

  • Como se podem prevenir as doenças respiratórias profissionais?

    As estratégias de prevenção das doenças respiratórias profissionais incluem medidas centradas nos trabalhadores e no ambiente de trabalho.

    As medidas dirigidas aos trabalhadores englobam, para além dos exames de vigilância médica, a formação e a informação sobre os riscos profissionais, designadamente informação sobre medidas de prevenção e a utilização de equipamentos de protecção individual.

    As medidas centradas no ambiente de trabalho são de diversa natureza e englobam, por exemplo, intervenções essencialmente do domínio da Engenharia, como são os casos da instalação de sistemas de ventilação, do "encapsulamento" das operações de maior risco ou da substituição dos agentes mais perigosos por outros de menor risco.

    São exemplos dessa metodologia a substituição do amianto por fibras minerais ou o encapsulamento enzimático das enzimas utilizadas na indústria dos detergentes.

  • Existem em Portugal leis que protejam o trabalhador do risco de contrair doenças profissionais?

    Sim.
    Existem muitas leis, mais ou menos especializadas, que determinam a promoção da saúde no trabalho e a prevenção dos riscos profissionais em que se incluem os que atingem o sistema respiratório.
    Desde logo a Constituição da República Portuguesa, no seu artigo 59º, refere que todos os trabalhadores, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, têm direito à prestação do trabalho em condições de higiene, segurança e saúde.

    O Código do Trabalho prevê expressamente que todos os trabalhadores têm direito à reparação de danos emergentes de acidentes de trabalho ou doença profissional.

    Existe adicionalmente um vasto conjunto de disposições legais, e de outras normas, que enumeram princípios, políticas e programas que visam a protecção da saúde de quem trabalha, do qual se destaca a lei de promoção da segurança e saúde no trabalho (Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro) aplicável aos trabalhadores por conta de outrem e trabalhadores independentes, que consigna dever do empregador ("patrão") assegurar o direito à prestação de trabalho em condições que respeitem a sua segurança e saúde.

  • Um portador de doença respiratória profissional tem sempre que mudar de profissão?

    Nem sempre.
    Cada situação de doença profissional exige que se estude cuidadosamente as relações entre o trabalhador e as condições (de saúde e segurança) de trabalho de forma a intervir no sentido de evitar a doença (ou o seu agravamento). Se o ambiente e trabalho deixar de conter a causa da doença fica, desde logo solucionado o problema. Existem complementarmente um número muito vasto de medidas de intervenção antes da "reconversão" (mudança de profissão). Essa é a medida mais radical e "violenta" que existe e que pode ser evitada se tivermos locais de trabalho vigiados em matéria de risco de doenças respiratórias profissionais. A prevenção é de facto a medida mais eficaz de uma pessoa "não perder a vida a ganhá-la" ou do "trabalho dar saúde em vês de dar doença".

  • O que é a silicose?

    A silicose é uma doença tipicamente profissional, ou seja, é uma doença cuja causa reside no ambiente de trabalho em que se trabalha. Esse agente é a sílica livre, que quando inalado em concentrações elevadas ou por tempo prolongado, é extremamente "agressivo" para o pulmão, causando a sua fibrose, o que significa que o pulmão reduz a capacidade respiratória e, consequentemente, torna insuficiente a respectiva função.

    Apesar de a silicose ser causada pela inalação de sílica livre, a presença de outros minerais nas poeiras inaladas pode aumentar ou diminuir a toxicidade da sílica.

    É curioso que apesar de ser considerada uma doença exclusivamente profissional, existem descrições de alterações radiológicas sugestivas de silicose em populações residentes em desertos (a areia contém sílica).

    Em Portugal, apesar da percentagem de pensionistas por doença respiratória devido a silicose ser ainda importante, tem-se vindo a verificar uma progressiva redução do número de novos casos nos últimos anos. Tal estará por certo relacionado com a melhoria das condições de trabalho na perspectiva da saúde e da segurança ocupacionais em que se adoptam medidas de redução de sílica no ambiente de trabalho.

  • Como se pode saber se se sofre de silicose? A silicose tem tratamento?

    A realização de actividades profissionais em que se verifica a inalação de poeiras contendo sílica livre, de que são exemplos o corte de pedra e o polimento de granitos, em ambientes particularmente empoeirados, constituem factores de risco para o aparecimento de silicose. Habitualmente a exposição ocorre durante vários anos, findos os quais surge a "falta de ar" como sintoma predominante, inicialmente para grandes esforços, mas progressivamente apresentando-se para esforços mais reduzidos. Esta doença origina alterações relativamente características no exame radiográfico do tórax, que predominam nas zonas superiores do pulmão e que fazem o diagnóstico.

    Existem formas clínicas distintas de silicose, que se relacionam, essencialmente, com o tempo de exposição à sílica livre e ainda com as concentrações de sílica inaladas.

    A forma crónica é a mais benigna e ocorre, habitualmente, 10 a 20 anos após a exposição a concentrações relativamente reduzidas de sílica. O aparecimento de sintomas é frequentemente tardio e é precedido das alterações radiológicas, sendo a "falta de ar" o principal sintoma respiratório.

    A forma sub-aguda, caracteriza-se pelo aparecimento de alterações radiológicas 5 ou 10 anos após o início da exposição às poeiras contendo sílica livre e os sintomas costumam ser precoces e intensos. Muitas vezes evolui para formas complicadas da doença como a fibrose maciça progressiva que se associa a uma grande dificuldade respiratória.

    Finalmente, a silicose aguda é a forma menos frequente e está associada a exposições intensas a poeiras contendo sílica livre, por períodos compreendidos entre vários meses a cinco anos. Os sintomas são a "falta de ar" muito acentuada, tosse seca e repercussões no estado geral e é a forma mais grave de silicose.

    O tratamento é, no seu essencial, sintomático, pelo que sendo uma doença progressiva é fundamental a sua prevenção. O afastamento em relação à inalação de poeiras contendo sílica livre é fundamental para atrasar a progressão da doença. Contudo, mesmo assim, a doença pode ainda progredir. O melhor tratamento, consequentemente, é trabalhar em locais de trabalho sem empoeiramento (poeiras contendo sílica) que, habitualmente, denominamos locais de trabalho seguros e saudáveis.

  • Como se pode evitar a silicose?

    Sendo a silicose uma doença profissional pulmonar progressiva, a sua prevenção é fundamental. As estratégias de prevenção da silicose, tal como ocorre com as restantes doenças respiratórias profissionais, incluem medidas centradas no ambiente de trabalho e medidas centradas nos trabalhadores.

    As medidas centradas no ambiente de trabalho são de grande importância e têm por objectivo reduzir a concentração de poeiras contendo sílica livre no ambiente de trabalho, nomeadamente através de sistemas de ventilação que permitam a extracção dessas poeiras, evitando que as mesmas sejam inaladas pelos trabalhadores.Medidas de higiene geral como a limpeza do local de trabalho com sistemas de aspiração e panos húmidos (e nunca a utilização de vassoura) também reduzem a concentração de poeiras naqueles locais de trabalho.

    As medidas dirigidas aos trabalhadores englobam a utilização de respiradores de partículas ("máscaras"), que devem ser substituídos quando os filtros estão saturados. Estes respiradores estão particularmente indicados quando as tarefas com exposição a poeiras contendo sílica livre são de duração relativamente curta, uma vez que são dificilmente tolerados por muitas horas de trabalho.

    É também importante que os trabalhadores recebam formação sobre os riscos de inalação de poeiras contendo sílica livre e sua prevenção e sobre o modo de utilização dos respiradores de partículas. A vigilância médica periódica visa, no seu essencial, detectar precocemente possíveis alterações e assim poder influenciar negativamente a evolução da silicose, por exemplo através de medidas como o afastamento do trabalhador relativamente ao factor de risco. Estas acções médicas de vigilância, uma vez diagnosticada a doença, não asseguram a reversão da doença que pode continuar a evoluir mesmo após o afastamento.

    A silicose evita-se, portanto, trabalhando em locais isentos de ambientes com poeiras de sílica livre.

  • Quais as actividades que estão associadas à silicose?

    As actividades em que pode haver exposição a sílica livre através da inalação de poeiras cuja composição tenha esse mineral e onde poderão ocorrer casos de silicose, são muito variadas. São exemplos dessas actividades, entre outras, as seguintes:

    - a indústria extractiva mineral (trabalho em pedreiras)
    - a abertura de túneis
    - o tratamento de minerais: corte de pedras; britagem; moagem; lapidação; etc.
    - a indústria de transformação: cerâmicas; fundições que utilizam areia no processo; vidro; etc.
    - as operações com abrasivos: corte e polimento de granito; jactos de areia; etc.
    - a perfuração de poços
    - as artes plásticas
    - a cosmética
    - trabalho artístico de escultura e de cantaria

  • Há alguma relação da silicose com a tuberculose?

    Verifica-se que doentes com silicose têm um risco aumentado de vir a sofrer de tuberculose. Na realidade, a sílica livre é muito agressiva para um tipo de células de defesa do pulmão que é fundamental para "conter" o agente causador da tuberculose.

    Assim, um doente com silicose que tenha contactado com o agente etiológico da tuberculose (Micobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch), o qual ficou retido no pulmão num estado latente ("como que adormecido") sem originar doença propriamente dita, quando não controlado pelas defesas próprias do organismo, pode replicar-se evoluindo para tuberculose doença. Dito de outra forma, a silicose "facilita" o risco de vir a sofrer tuberculose.

  • E da silicose com o cancro do pulmão?

    Como já foi referido a propósito da tuberculose, a silicose pode estar associada com outras doenças pulmonares, entre as quais se encontra o cancro do pulmão, mas também o enfisema, a doença pulmonar obstrutiva crónica e as doenças auto-imunes.

    Os mecanismos pelo qual esta associação ocorre são diversos sabendo-se, por exemplo, que a exposição a sílica cristalina aumenta, de facto, o risco de cancro do pulmão.

  • O que é a asbestose? A asbestose tem tratamento?

    A palavra asbesto vem do grego e significa inextinguível. O asbesto é uma fibra que faz parte de um grupo de silicatos fibrosos resistentes ao calor, que existem na natureza. A asbestose é uma formação extensa de tecido cicatricial nos pulmões, causada pela aspiração do pó de amianto.

    O amianto tem na sua composição, silicato de mineral fibroso de composição química diversa. A crocidolite é uma das quatro fibras de amianto, sendo a mais perigosa e a que mais consequências adversas trás para o organismo, nomeadamente para o pulmão. As fibras de amianto depois de inaladas fixam-se a nível profundo nos pulmões, causando cicatrizes (fibrose).
    A inalação do amianto pode também produzir espessamento dos dois folhetos que revestem o pulmão (pleura).

    Os sintomas da asbestose aparecem gradualmente, após a formação de muitas cicatrizes e quando o pulmão começa a perder a sua elasticidade. Os primeiros sintomas são a dificuldade respiratória com o esforço, que se vai agravando.

    O melhor tratamento para a asbestose é a sua prevenção, diminuindo, ao máximo, a inalação do pó e das fibras do amianto nos locais de trabalho, com maior risco. Melhor ainda é a sua eliminação e substituição por substâncias menos "agressivas".

    Sabemos que a consciência da existência desta doença e a forma de a evitar é cada vez maior, havendo hoje legislação específica para o amianto, no entanto não deveremos esquecer que esta é uma doença que, muitas vezes, se manifesta muitos anos (20,30, 40 anos) após o início da exposição.

    A grande maioria das doenças provocadas pelos asbestos não tem cura, como é o caso do mesotelioma maligno ou do cancro do pulmão que, sem tratamento, é invariavelmente mortal.
    Os tratamentos fazem-se para aliviar os sintomas de insuficiência respiratória e o sofrimento dos doentes. Estão descritos casos em que o transplante do pulmão deu bons resultados, na asbestose.

  • Como se pode evitar a asbestose?

    A maior consciência e conhecimento da doença, agora associada a certos aspectos como é o caso da legislação, podem levar a prevenir o contacto e a evitar a doença que muitas vezes se manifesta largos anos após o contacto.

    As formas iniciais de asbestose não são detectáveis e quando aparecem os sintomas, já a doença evoluiu bastante.
    A forma de evitar, asbestose é portanto a sua prevenção, para isto deverá haver uma protecção dos trabalhadores contra a inalação de fibras de asbesto, deverá também ser feita uma identificação dos materiais que o podem conter.

    Com as medidas de restrição, a utilização industrial, nos países industrializados, de asbestos implementadas nos anos 60 e 70 do século passado, reduziu acreditando-se, no entanto, que a sua incidência máxima se atinja na segunda década do século XXI.

  • Quais as profissões que lhe estão associadas?

    As actividades industriais, nomeadamente a indústria naval, são áreas de potencial risco elevado. Nos tempos modernos, o risco é maior no processamento, produção e uso final do asbesto.

    Habitualmente os fabricantes usam os asbestos, nos seguintes produtos:
    - produtos contendo cimento - asbesto, tubos, telhas, aduelas, lâminas.
    - piso de vinil e asbesto
    - papel de asbestos em filtros e produtos isolantes.
    - material de forro de travões (foi utilizado, por exemplo em calces de travões, nomeadamente em eléctricos), e revestimento de embraiagens.
    - produtos têxteis - fio, feltro, fita, corda, cabos.
    - sprays utilizados com fins acústicos, térmicos e de blindagem.

    Alguns exemplos de ocupações (ou profissões) associadas a asbestose:
    - entre outros, trabalhadores da indústria de isolamento, caldeireiros, instaladores de caixa de água, canalizadores, trabalhadores que instalam e reparam sistemas de aquecimento, ventilação e refrigeração, soldadores.

  • Há alguma relação da asbestose com o cancro do pulmão ou com o cancro da pleura?

    Sim. A patologia pulmonar que resulta da sua inalação compreende, para além da asbestose, doenças da pleura (derrames pleurais, placas, fibroses e mesoteliomas) e ainda o cancro do pulmão.

    É há muito conhecido o risco de contrair cancro do pulmão entre os indivíduos, ou populações, expostas a asbestos. A relação entre o mesotelioma maligno e a inalação das fibras de asbestos foi estabelecida em 1960 em mineiros de crocidolite (uma das fibras de amianto) na África do Sul.

    Uma exposição breve aos asbestos deverá ser considerada, como suficiente para que o mesotelioma seja designado em relação com o trabalho. È importante ter presente que o mesotelioma pode aparecer mesmo em trabalhadores com baixas exposições ao asbesto, pelo que a sua eliminação e substituição por uma substância menos "agressiva" tem sido a política prevalente, pelo menos no espaço europeu.

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