No dia 12 de Novembro, em que se comemora o Dia Mundial da Pneumonia, a Fundação Portuguesa do Pulmão vem chamar a atenção para a atual situação epidemiológica desta doença.
Com 110 internamentos diários - apenas no SNS - (ONDR, 2018) e 15 doentes falecidos diariamente - 1 óbito em cada 93 minutos - (INE, 2019) a pneumonia perfila-se como uma das doenças mais letais para os portugueses. Igualmente, a nível da União Europeia, Portugal tem-se posicionado entre os países com maior taxa de mortalidade, com valores bem acima do respetivo valor médio.
Sendo a pneumonia uma doença tão prevalente e letal entre nós, importa implementar e generalizar as medidas preventivas possíveis e, entre essas medidas, a vacinação antipneumocócica é uma das principais ferramentas. Assim, com objetivo de aumentar os níveis de vacinação, a Fundação Portuguesa do Pulmão advoga as seguintes medidas:
- Subida do escalão da comparticipação vacina. Com exceção dos grupos para os quais a vacinação é gratuita (Portaria 11/2015 da DGS), a vacina antipneumocócica é uma vacina cara, facto seguramente dissuasor à sua utilização por uma parte significativa dos candidatos à vacinação.
- Que se estenda a sua gratuitidade a todos os doentes com doenças respiratórias crónicas e, tal como acontece com a gripe, a todas as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos. Estes grupos de pessoas são particularmente suscetíveis às pneumonias e às suas complicações.
Os custos inerentes a estas medidas deverão ser considerados como um investimento largamente compensador, em virtude dos casos de pneumonia que se evitarão e dos elevadíssimos custos diretos e indiretos associados a esta doença.